
Chega a pergunta que todo o recém-licenciado faz: E agora?
Eu sei que trabalhar numa empresa multimédia não é o que eu quero neste momento. Não domino programação. Não domino desenho gráfico. Apesar de ter adorado tudo o que aprendi, não me sinto preparada para assumir o controlo nessas duas áreas.
Surgiu a opção de dar aulas. Dar aulas de TIC. É um desafio e eu sinto que o quero. Senti afinidade com a ideia desde que ela me foi apresentada. Neste momento há uma grande falta de Professores na área das TIC. E mesmo que o meu curso não tenha a ver com ensino surgiu esta oportunidade. E para agarrá-la, tem que ser agora.
Mas ninguém garante que eu fique perto de casa. Tem as suas probabilidades. Mas ninguém garante. Desde pequenina que eu sonhava tirar o curso e ir para fora trabalhar durante um ou dois anos. Neste momento receio, até, ter que ir para o Alentejo ou para o Algarve. Eu sei que são escolhas. Eu sei que a minha vida profissional neste momento impera sobre tudo. Eu sei que é essa a prioridade correcta. Mas parece-me tão difícil ter que chegar a casa num dia de cão (como nós sabemos) e não ter ninguém ali perto com quem falar. A quem abraçar e ficar com aquela sensação de que tudo se vai resolver. Eu sei que sou forte o suficiente para enfrentar essas adversidades todas, mas custa. Custa ter que deixar um namorado para trás, apesar de ele dizer que me apoia em qualquer decisão que eu tome. Até posso estar a fazer uma antecipação desnecessária, mas a verdade é que gosto sempre de me preparar para o pior. Mesmo mantendo vivo o optimismo de que eu vou ficar por aqui. Embora haja outra parte de mim que queira ir e queira crescer.
Restam-me escolhas.
There is no plan B! Ou talvez haja e mandar currículos para empresas faça parte dele.