"Culturalmente, o português tende a não se sentir co-responsável pela construção do bem-estar colectivo. Se as condições sociais e económicas em seu redor se apresentam favoráveis, tenta com argúcia retirar delas o maior benefício pessoal. Se, pelo contrário, se mostram adversas, volta-se contra o poder instituído, que acusa de incapaz. Também, quando é necessário resolver problemas, é para o poder instituído que se volta pedindo soluções. Ao contrário de outros povos, cujos cidadãos facilmente se mobilizam perante as adversidades e assumem colectiva e solidariamente as soluções, os portugueses são propensos à demissão – se o Governo ou poder instituído não resolvem, os cidadãos também não procuram fazê-lo.
Poderão protestar repetidamente, quase sempre em fóruns onde os seus protestos não têm consequência, como os cafés, ou as listas de debate on-line, mas dificilmente se mobilizam para, colectiva e solidariamente, assumirem acções que dispensem ou complementem as de quem está no poder."
A Dimensão Crítica da Sociedade da Informação em Portugal
António Dias de Figueiredo
Adoro quando sou "obrigada" a ler a bibliografia da cadeira! Viva à Cibercultura!
Gostei muito do blog e já estou a seguir !!!
ResponderEliminarObrigada Pirilampo!
ResponderEliminarUm Beijinho*