segunda-feira, 19 de março de 2012

Gosto do meu silêncio. Gosto de pensar. Mesmo que, por vezes, não goste do que pense. A confiança é algo tão difícil de atingir por si só. Mas comigo parece ser o dobro do complicado. Penso se vou ser mesmo feliz. Se não vou ter que passar pelo que vi muita gente ao meu lado passar. A felicidade parece tão fácil de atingir, mas há obstáculos tão gigantes para lá chegar. 

Provavelmente, e com quase toda a certeza que posso ter, o defeito é meu. Mas eu sou assim. Intempestiva, desconfiada e irracional. Por mil provas que me possam dar. Os meus olhos, os meus ouvidos, os meus sentidos vão estar bem apurados. Confiar desconfiando? Não. Desconfiar confiando. Não é saudável. De todo. Magoa, incomoda, morde e entristece. 

E o amor vai sendo assim! Complicadamente simples de se viver! Mas não deixa de ser expectante e assustador ao mesmo tempo que nos deliciamos com toda a ternura e com todos os planos de um futuro conjunto. Se calhar é mesmo isso que é o amor. Assustador e encantado.

A menina que se vai tornando mulher. Que se assusta porque parece que cresceu tão rápido. Porque assumiu responsabilidades. Porque parece determinada e certa daquilo que faz! Porque é assim que temos que ser numa sociedade em que o se aparenta ser vale mais do que realmente se é. Numa sociedade em que se diz o que os outros gostam de ouvir só para não criar conflito, ou simplesmente porque não os podemos confrontar por algum grau de estatuto que nos diferencie. Às vezes falo e não penso. A maior parte das vezes. Não tenho resposta para tudo, mas gosto de fazer perceber o meu ponto de vista. Mesmo que por uma questão hierárquica a outra pessoa não goste do que ouça. 

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