Viver... Numa visão diferente!

Tenho pena das pessoas que não se desprendem do que não é essencial! Não vou dizer que não tenho as minhas futilidades. Mas orgulho-me TANTO de serem comedidas! Orgulho-me da educação que os meus pais me deram. Orgulho-me do exemplo que tenho quando olho para a minha avó.

Tenho uma colega que por ter empregada em casa e as amiguitas também terem, depreendeu que eu também tivesse. Quando fiquei a olhar para ela com uma cara estranha, perguntou-me: "O quê? Não tens empregada?" Não, não tenho empregada. Também já ouvi coisas como "Não tens máquina de lavar loiça. Tens que lavar a loiça à mão."

Tenho pena. Pena das pessoas que nunca brincaram na terra molhada. Que nunca pisaram a terra de pé descalço. De pessoas que nunca adormeceram ao relento embrulhadas num saco-cama a ver estrelas cadentes. De pessoas que vêm no dinheiro a fonte da felicidade. Pessoas que esquecem o real significado da vida. Já admiti a minha ambição. Mas não esqueço das pequeninas coisas que me fazem feliz. Nunca ninguém se lembrou de ir para a praia enquanto chovia? Pena.

Vivam, meus queridos, aproveitem as pequeninas coisas da vida. E não é por terem as coisas grandes que se devem esquecer. Não é por terem possibilidades de viajar para as Caraíbas que não aproveitam as praias da costa portuguesa. Não é por terem dinheiro para comprar um enorme sofá em pele que deixam de se sentar num banco de madeira. As coisas simples são as mais bonitas. Vivam. Mas VIVAM e sintam que se um dia perderem tudo, o mundo não se perde. É preciso aprender a viver de facto.

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